Li uma matéria, em que um pediatra com vinte anos de experiência falava sobre a criação com apego. Abordava questões bem polêmicas, como a cama compartilhada, amamentação prolongada, etc.
Me identifiquei bastante com isso, pois sou praticante de tais métodos.
Segundo ele, tais métodos podem sim ser benéficos na educação dos filhos. Mas a chave está em que todos os envolvidos precisam estar confortáveis com a situação. E saber identificar a hora de fazer mudanças é crucial. Claro que esses métodos não se encaixam em todos os moldes, e isso precisa sempre ser avaliado.
Aí pensei. Existe uma "padronização" no modo de se criar os filhos, que eu até então nunca havia realmente pensado.
Quantas vezes não ouvimos: "Mas você não devia fazer isso, vai ser ruim para seu filho...", mas se funciona bem na sua vida, me pergunto, por que não fazer?
Por que precisamos nos basear em moldes, sendo que todos nós somos em essência, diferentes uns dos outros. Valores, necessidades, etc. Como então crianças podem ser definidas por regras.
Por que não podemos dar carinho e atenção aos filhos sempre que eles exigirem? Limites são importantes, mas não significa que não devemos expressar nosso amor livremente. Por que não podemos dormir todos juntos? É claro que no tempo certo, ele irá ter que ir dormir sozinho, e tudo vai acontecendo naturalmente, sem traumas, sem pressa. Afinal, eles crescem tão rápido...
Por que precisamos padronizar tanto a arte de maternar? Isso não é uma competição. Se funciona na família A, por que temos que fazer com que funcione conosco, se não somos iguais?
Limites, respeito, amor, carinho, atenção são essenciais. Se eles estão presentes, está tudo bem.
Não se limite tanto pelo julgamento alheio. Por mais que se tente agradar a todos, nunca o faremos de fato.